quarta-feira, 29 de julho de 2009

, e pelo meio do caminho eu fui perdendo muita coisa, e de tudo que me restou, eu ainda tenho a você, na verdade o que eu tenho é aquilo que me prendia à você. Que falta você me faz, meu amor.. Se eu pudesse escolher, decerto seria você, com todos os seus defeitos e delícias, com o seu português bem falado e a sua embriaguez irritante, mas sim, seria você.
Talvez tivesse sido diferente se a gente não insistisse nos mesmos erros, e se nos permitíssemos trilhar por caminhos que não fossem a nossa insegurança. Se eu não fosse tão tua, e se você não fosse tão teu. A nossa história não tem passado nem futuro, está cristalizada numa sucessão de acontecimentos que delineiam um presente triste e avassalador, permeado pela falta e pela suplência. Já passam das 3 da manhã, meu Deus. Enquanto você não volta pra casa, eu vou (sobre)vivendo os meus dias tentando apagar os seus rastros, e quando a saudade corrói, eu te ligo bem tarde só pra ouvir a sua voz mais uma vez.
Dia desses, arrumando as fotos nas caixas, eu te vi quase sem querer. e se algum dia eu fui mais feliz, não sei dizer. Desconcertante te ver assim tão próximo a mim, como se o mundo inteiro fosse pequeno demais pra nós dois. E assim você vai passando por mim, clandestinamente entre reminiscências e saudades, e mesmo que eu tente não reviver isso que ainda não passou; eu sei que não demora você volta, colore esse apartamento todo de felicidade, me afaga de mentiras e depois vai embora de novo. E como quem colhe uma flor, eu te espero de novo; regando as cicatrizes incuráveis da tua ausência, e no hiato de tempo do enquantovocênãoregressa, eu tento varrer os cacos de uma vida em botão, toda despetalada pelos vidros frios desse inverno que não cessa.

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