domingo, 2 de agosto de 2009

Eu queria mesmo que você fosse um lugar pra que eu pudesse voltar. Um lugar seguro para o qual eu regressaria sempre que o mundo me parecesse cruel demais; inconcebível demais. E eu teria você para dividir esse peso maciço que por vezes me cansa por demais.
Queria mesmo,amor;que você estivesse lá pra quando eu mais precisasse. Mas agora já passa da meia noite, e você ainda não voltou pra essa casa cheia de lembranças e saudades. E eu gasto as minhas horas pensando em como seria se eu não tivesse me precipitado tanto, se eu tivesse me permitido mais, se eu não tivesse te amado tanto. Eu te prometi milhões de coisas que eu jamais cumpriria se não fosse toda essa tua falsa complacência, se não fosse toda essa tua dureza parado na porto sem ir embora, e sem permanecer. Permanecer,até amanhecer, meu amor. Fica mais um pouco enquanto ainda é cedo, e então eu poderei te dizer tudo o que me aflige, e você com toda a tua hombridade que me fere me protegerá desse mal que eu inventei só pra te ter por perto.
Se a gente não tivesse dito tanta coisa, se a gente não tivesse feito tanta coisa. Agora já é muito tarde, e eu continuo formulando hipóteses que justifiquem a sua partida, que justifiquem tudo isso que nunca aconteceu. E eu não consigo achar aquilo que nós jamais perdemos, aquilo que nunca nos pertenceu, aquele instante em que sem perceber, você escapou por entre todos os atalhos que eu percorri pra te encontrar. E agora já passa da meia noite,meu Deus; e eu ainda tenho uma madrugada inteira pra encaixar nessa associação livre um lugar pra repousar a minha incompetência.
E onde andará você agora,minha vida?Um dia você volta; deixa eu te sentir,só um pouco. é, um dia você volta, parce que je suis ici. Encore, et pour toujours,mon petit.

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