sábado, 17 de outubro de 2009

Hoje eu pensei muito em você; e de uma forma bem peculiar. Hoje eu pude ver nitidamente como é que você me desvirtuou do meu caminho, e foi andando do teu lado que eu me perdi, e não pude perceber que andando do teu lado eu deixei você ir, e não percebi. Talvez tenha sido andando do teu lado mesmo, que eu não pude ver, que o tempo todo você estava do outro lado da rua. Mas eu quis tanto a tua presença, amor; que eu precisei que você estivesse ali, do meu lado.
E eu vi então uma história toda recortada, onde eu tive todo o cuidado de não deixar que nada se perdesse nesse turbilhão de amor, rancor e distância. Foi um tempo perdido, amor.
E eu não sei como voltar pra onde eu estava antes de você. Eu quis tanto acreditar nessa aventura, e não medi esforços para fazer de você um lugar seguro. E em toda a sua potência, eu podia finalmente repousar minha insegurança, podia solenemente te responsabilizar por mim, e te entregar sem medo nem nada toda a minha vida. E agora o que eu faço sem você?
Faz tanto tempo, e eu não sei por que você ainda permanece tão vivo em mim. E de todos, você não foi o melhor, e talvez se fosse em outras circunstâncias, eu nem tivesse te escolhido pra te amar. Mas tudo foi acontecendo e eu deixei as rédeas da minha vida e mergulhei numa fantasia toda nossa, mas você nunca esteve ali, meu amor. Como é que você pôde ir embora assim,?
Você chegou sem que eu pedisse e desmoronou tudo que havia sido construído antes de você. E agora eu preciso muito da minha vida, preciso muito não lembrar de tudo isso que eu não esqueço.
Mas eu sinto falta; e quando você puder, vê se volta.

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