domingo, 25 de outubro de 2009

Ontem eu passei em frente à sua casa e quis desesperadamente subir, bater na sua porta, invadir a sua casa e pedir pra que você me devolvesse tudo aquilo que um dia tão docemente eu te dei. Eu queria te dizer tanta coisa, meu amor. Queria mesmo era que você pudesse entender que não foi por você, foi por mim; e que se eu não tivesse te amado tanto, as coisas não teriam chegado a esse ponto.
Eu queria que você me dissesse em que momento do caminho a gente se separou, em que instante nós deixamos de ser nós. E como é que tanto sonho se despedaçou em saudade, onde foi que eu deslizei e me perdi no caminho que havia trilhado pra chegar até você; eu me perdi, amor.
Eu sinto tanta falta, e eu sei que já faz muito tempo, eu sei que ainda dá tempo. Mas agora já é tarde, já passam das 3 da manhã, e depois de muito tempo parada em frente ao seu prédio, eu resolvi ir embora. Resolvi deixar você pra trás, e me proporcionar o prazer de saber que pelo menos naquele instante eu fiz sim a coisa certa.
Ou não, talvez eu devesse ter entrado, te pedido desculpas pelas coisas que eu nunca fiz, só pra te ver sorrir mais uma vez, e ia te pedir pra dormir comigo mais uma vez, ou pra pelo menos ficar ali comigo até eu adormecer. Eu sei que pedindo com jeitinho, você não hesitaria.
Mas eu já cruzei a esquina, e já te deixei pra trás. Talvez na volta, quando eu passar aqui de novo, eu tenha coragem, talvez eu perca a vontade, talvez eu precise mais do que agora, talvez você já não esteja mais lá. Eu sei, eu sei, já está tarde e eu devo ir pra casa, e mais uma vez eu deixo perdido nos ralos isso tudo que não encontrou lugar pra repousar; e enquanto isso você faz festa dentro de mim, e vai passeando nas minhas fraquezas pra se certificar sempre que depois de você, os outros são os outros e só.

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