domingo, 25 de outubro de 2009

Tenho ouvido uma mesma música compulsivamente todos os dias: "Eu espero", da Luiza Possi.
"...vai sim, vai ser sempre assim;a sua falta vai me incomodar" E eu ainda não sei se o que me incomoda mais é a tua falta ou a tua presença. Eu sinto falta, amor; e espero. E te ver assim bem relapsamente em meio à multidão é desconcertante, é angustiante saber que ontem mesmo você estava ali, ao meu lado; saber que um dia você foi o meu plano, o meu referencial. E sem você eu tive que aprender a nascer de novo, e enxergar o mundo todo por uma perspectiva menos infantil.
E hoje o que é que eu faço com essa sua presença que me invade e não me pede permissão? O que é que eu faço com esse resquício de você que ainda está latente em mim, e que mesmo que eu quisesse, eu sei que você não vai embora. Tudo nessa casa lembra você, tudo nessa cidade lembra você. E nesse exacto momento eu penso em como é que eu me deixei guiar até você, em que instante eu resolvi que você seria aquilo que um dia você foi.
Ah minha vida, se você soubesse..mas já faz tanto tempo que não importa mais. Eu é que tenho que me haver com essa cratera imensa que se abre em mim quando você chega; ou então com o tanto de lembrança que eu preencho os espaços quando é de saudade que eu me alimento. Mas de uma forma ou de outra, ainda existe você, esse fantasma que não vai embora nunca. Como é que faço pra te mostrar a porta de saída dessa casa toda desenhada pra você?

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